sábado, 16 de janeiro de 2010

Haiti 1




Sei que já se passou muito tempo e que minha ação aqui será no mínimo atrasada mas lá vamos nós.



No dia 12 de Janeiro no período entre 19:30hr e 20hr (pelo horário de Brasília) um terremoto de 7 pontos na Escala Richter, desde então mais de 50 tremores de terra já se abateram sobre a região, sendo mais recentemente noticiado um mais forte hoje por volta de 14hr (pelo horário de Brasília) onde se teve um tremor de 4,5 pontos na escal richter.

Somente para demonstrar a dimensão desses tremores de forma comparativa, de acordo com a descrição básica da escala richter, localizada na wikipedia nós podemos ver que um tremor de 4,5 é descrito como "Ligeiro" e com frequência de "aproximadamente 6.200 por ano", enquanto que o grande tremor de terça-feira (dia 12) possuí descrição de "Grande" tendo frequência de "18 por ano", sendo que acima desta gradação estão somente 3, sendo: "Importante", "Excepcional" e "Extremo", sendo que nunca se registrou nada do tipo do último e os dois anteriores possuem frequência estimada de 1 por ano e 1 à cada 20 respectivamente.



As imagens da TV e de jornais já demonstraram as pessoas do Brasil e do mundo as devidas proporções da destruição que se abateu sobre o Haiti e o flagelo que atinge a população daquela local, literalmente o que vimos que não ficou "pedra sobre pedra", um óbvia prova de força da natureza e um claro caso de uma nação despreparada para as adversidades e eventualidades da região em que está.

Infelizmente o Haiti é um país de história conturbada, independente desde 1804, o país passou por diversos conflitos ao longo do século XIX dentre guerras civis, unificação e desunificação com a (atual) República-Dominicana e passou no século XX por diversos conflitos internos, passando por ocupação Americana entre 1915 à 1934 até ditaduras militares com diversos golpes de estado.

A crise que deflagrou a atual situação de auxílio da ONU no país, iniciou-se com a eleição de 2000, quando o antigo governante Jean-Bertrand Aristide (que foi deposto por duas vezes e teve em seu período de governo diversos auxílios da ONU e da OEA para se manter no poder) foi acusado de manipular as eleições.
A situação entre Governo e Oposição só piorou até que em 2003 a oposição passou a pedir publicamente pela renúncia de Aristide. Diversos países tentaram mediar a situação: Comunidade do Caribe, Canadá, União Europeia, França, Organização dos Estados Americanos e Estados Unidos, porém a oposição haitiana recusou o diálogo.



A oposição armada tomou a frente em 2004, com conflitos na região norte do país, esforços diplomáticos foram inúteis, o movimento armado ameaçava marchar sobre Porto Príncipe (capital haitiana) e com isso o Presidente Aristide foi retirado do país, dessa forma deixando o poder nas mãos do Presidente do Supremo Tribunal, Bonifácio Alexandre, que imediatamente solicitou apoio da ONU.

Foi criada então, com a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, uma Força Internacional Multi-tarefa, coordenada pelo Brasil que iniciou o pronto desdobramento ainda em 2004.
Porém a situação crítica e de risco para a segurança da região fez com que a ONU assumisse uma postura mais "dura" criando a MINUSTAH (sigla em francês para Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti). Um grande contigente militar foi destacado para a região, juntamente de uma força tarefa da ONU para auxílio político e social.
Mais de 6.500 homens e toda a logística, oriundos dos países: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai. Sob Comando do Brasil.



Desde então o comando brasileiro na MINSUTAH vem sendo exemplar de competência reconhecida mundialmente e impondo o respeito com a demontração AMPLA E IRRESTRITA DO POTENCIAL BRASILEIRO!

Porém agora estes nobres guerreiros brasileiros sofreram um golpe poderoso juntamente do incomensurável golpe sofrido pela população haitiana, com número de mortos incertos, onde a Cruz Vermelha anuncia números de 45 à 50 mil mortos, porém fontes haitianas estimam até 100 mil mortos.

Fica aqui minha homenagem aos bravos guerreiros brasileiros que deram sua vida na EFICIENTE, EXEMPLAR e IMPECÁVEL tarefa de cumprimento do CHAMADO DO DEVER!

ISSO É O BRASIL POTÊNCIA!
NÃO NOS OMITIMOS!
NÃO DEMOS AS COSTAS A ESSE POVO SOFRIDO COMO OUTROS QUE AGORA VEM AJUDAR!
E MESMO COM NOSSOS PROBLEMAS INTERNOS NOS CUMPRIMOS COM O CHAMADO DO DEVER!





ADEUS BRAVOS, NOBRES E INCOMENSURAVELMENTE COMPETENTES GUERREIROS DA PÁTRIA!

Foram confirmados os óbitos de 13 (treze) militares do BRABATT:

- 1º Tenente BRUNO RIBEIRO MÁRIO;
- 2º Sargento DAVI RAMOS DE LIMA;
- 2º Sargento LEONARDO DE CASTRO CARVALHO;
- 3º Sargento RODRIGO DE SOUZA LIMA;
- Cabo DOUGLAS PEDROTTI NECKEL;
- Cabo WASHINGTON LUIS DE SOUZA SERAPHIN;
- Soldado TIAGO ANAYA DETIMERMANI;
- Soldado ANTONIO JOSÉ ANACLETO;
- Soldado FELIPE GONÇALVES JULIO; e
- Soldado RODRIGO AUGUSTO DA SILVA, todos do 5º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena-SP.

- Cabo ARÍ DIRCEU FERNANDES JÚNIOR e
- Soldado KLEBER DA SILVA SANTOS; ambos do 2º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em São Vicente-SP.

- Subtenente RANIEL BATISTA DE CAMARGOS, do 37º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lins-SP.

Um militar da MINUSTAH:

- Coronel EMILIO CARLOS TORRES DOS SANTOS, do Gabinete do Comandante do Exército, sediado em Brasília-DF.


Fonte: CCOMSEX

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