quarta-feira, 31 de julho de 2013

GUERRA MUNDIAL Z


Um dos cartazes de divulgação do filme, como esse e estou escrevendo atrasado não vai ter sinopse, até porque realmente acho que não merece.

O mercado aquecido (ou ao menos parece estar nesta categoria de filmes) embalado no sucesso do seriado "The Walking Dead" dá suas caras na telona com algo que parece ao menos mais interessante do que "Meu namorado é um zumbi".

Com o mundo dos games tratando do tema de forma recorrente (Resident Evil e fases de multi-player dos Call of Duty: Black Ops e Black Ops II) além do sucesso no mundo dos seriados e também com bom impacto no mercado de livros, vimos esse ramo de "Filmes de Zumbi" florescer nos últimos anos com a franquia de Resident Evil e outro um tanto mais sério com "Eu sou a Lenda" (que no livro não são zumbis e mais para vampiros, enfim), além de várias outras adaptações de menor importância, agora um novo thriller de peso se desenhava com Guerra Mundial Z, trazendo Brad Pitt para encarnar o herói e com isso muita expectativa em torno deste grande nome, e também por se tratar de uma adaptação de franquia de livros.

Vamos lá, ao trailer:


ATORES:


Gerry Lane (Brad Pitt) um ex-investigador da ONU sobre crimes em cenários de guerra e com nome que o precede.

Karin Lane (Mireille Enos), esposa de Gerry, de origem britânica e mãe de duas filhas com o ex-investigador da ONU.

"Segen" (Daniella Kertesz), a soldado israelense que se torna parceira de Gerry.

Thierry Umutoni (Fana Mokoena), Secretário da ONU e ex-chefe de Gerry. 

Rachel Lane (Abigail Hargrove), filha mais velha de Gerry e Karin.
Constance Lane (Sterling Jerins), filha mais nova de Gerry e Karin.

Ninguém teve atuação acima da média, todos foram muito regulares, o filme até podia ter exigido um pouco mais, mas isso não aconteceu. Ninguém fez trabalho ruim, mas podemos dizer que vários fizeram um trabalho fraco.
Tem alguns nomes famosos fazendo pontas no filme como Matthew Fox (o Jack de "Lost"), mas não passam de pontas portanto não citei.



FOTOGRAFIA e EFEITOS:


O filme não é nenhum primor de fotografia, mas conseguiu se virar bem com a limitação de cenários e a constante mudança de localidades. Não houve comprometimento nesta parte e assim como nos efeitos especiais e maquiagem o filme cumpriu bem com a sua função.

Novamente estamos diante de um caso em que o trabalho não é ruim porém é fraco, bem cuidado, houve um mínimo de carinho para os efeitos e detalhes, mas poderia ser bem melhor!

HISTÓRIA (Zona de Spoilers - NÃO ULTRAPASSE):


A abertura do filme é interessante mostrando uma diversidade de imagens e dando à entender que os zumbis são pessoas infectadas com que seria uma variação do vírus da raiva, a jogada é até bem inteligente.
Passamos então para a casa Gerry Lane, ex-investigador da ONU, que é pego em suas tarefas matutinas rotineiras fazendo o café da manhã.

Ao levar suas filhas junto o a esposa para a cidade, no caso Filadélfia, em meio a um engarrafamento eis que surge um surto de zumbis atacando a população e agora "a coisa ficou séria". Gerry e sua família são forçados à fugir para outra cidade: Newark.


Em sua fuga Gerry recebe o chamado de Thierry seu antigo chefe alegando que podem resgatá-lo, mas que precisava dele. Após uma noite atribulada em Newark, Gerry e sua família conseguem abrigo até o momento de serem resgatados, fazendo morada em um apartamento com uma família de imigrantes latinos. Detalhe para uma maré se zumbis na rua que passam por um morador de rua e ignoram sua existência. Na manhã do outro dia Gerry e sua família partem para serem resgatados, nisso os zumbis atacam o prédio e a família que os abrigou acaba morta com o filho deles sobrevivendo e partindo junto com Gerry e família. No processo de fuga Gerry chega a engolir sangue de um zumbi que "vomita nele" mas percebe ao contar o tempo que não se transformaria e a fuga é um sucesso.

Na Frota da ONU estacionada em alto mar (sim os zumbis parecem não saber nadar), Gerry é forçado à retornar ao trabalho de investigador para manter sua família no navio e à salvo. Ele vai para a Coréia do Sul junto com um pesquisador buscar a origem e investigar uma possível solução para o caso.

Na Coréia logo de saída o pesquisador brilhante da ONU morre de forma idiota, e Gerry junto com o pessoal de segurança sobrevivem graças ao resgate de tropas americanas atuando no local. Gerry descobre um agente traidor da CIA que negociava com a Coréia do Norte, ele comenta sobre Israel saber do caso dos zumbis de forma "privilegiada" e além disso Gerry tem contato com um soldado que esteve uma sala cercado de "zekes" (como os soldados tratam os zumbis) e não foi atacado. Gerry e a esposa mantém contato via rádio e Gerry reporta aos superiores à situação.
Aqui se sabe que tiros na cabeça são super-efetivos com os zumbis!

Gerry parte para Israel fazendo agora com que reste somente ele e o piloto do avião. Ao chegar em Israel um operativo do MOSSAD esclarece a Gerry que Israel soube da possibilidade de um surto de zumbis e construiu muros para proteger Jerusalém, o agente israelense diz que Índia seria o local, mas que tudo lá virou um "buraco negro", ao mostrar os muros para Gerry, um carro de som do lado de dentro da fortaleza gera som tão alto que os zumbis começam a fazer um verdadeiro empilhamento humano até conseguirem passar pelo muro.
Aqui se descobre que o som é o grande ativador dos Zumbis!

Jerusalém está condenada, a soldado israelense que acompanha Gerry em sua fuga acaba mordida na mão e Gerry a corta fora para evitar a "transformação" da soldado. No processo de fuga Gerry vê um garoto sendo ignorado pelo mar de zumbis e fica perplexo com a cena. O avião de Gerry parte sem ele, mas o herói consegue entrar em um avião comercial e faz contato com seus superiores pedindo a localização de um laboratório da OMS para testar uma teoria sua.

O avião em que Gerry está com a soldado Segen acaba tendo um zumbi abordo descoberto e a aeronave acaba caindo. Gerry e Segen sobrevivem e já estão próximos de Cardiff onde fica o laboratório que querem alcançar, mas Gerry está ferido e quase não consegue chegar, desmaiando assim que chega ao laboratório.

Após acordar e saber que sua esposa não está mais no navio e à salvo pois foi mandada para uma base em solo, Gerry fica desconcertado mas prossegue com sua intenção de provar sua tese, de que os zumbis ignoram pessoas doentes. Após cruzar uma parte do laboratório cheia de zumbis ele consegue se contaminar e comprava sua tese, passando desapercebido pelos zumbis.

O filme se encerra com Gerry voltando para sua família e com um jornal informando que uma vacina foi criada para camuflar a população humana não infectada dos infectados e com isso virar o jogo no combate aos zumbis.


CONCLUSÃO:


Apesar da "sacada" inteligente para "resolver" a história, o filme é predominantemente fraco, como falei sobre os atores e fotografia, os zumbis que no início do filme na Filadélfia e em Israel parecem ser "ultra-humanos" se tornam seres de capacidades humanas normais no final do filme e este é um ponto muito decepcionante.

Enfim, assisti a versão 3D e definitivamente posso dizer que não há problema algum em assistir esse filme em versão convencional.

Guerra Mundial Z é fraco, se propõe à ser um filme mais sério baseado em uma séries de livros mas não consegue cumprir com a missão, fica devendo e nem mesmo Brad Pitt foi capaz de salvar.

Por mim não foi nem sessão da tarde.

sábado, 27 de julho de 2013

Faroeste Caboclo


Sinopse (via Adoro Cinema):

João (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um emprego como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo se verá em meio a uma guerra com o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib), que coloca tudo a perder.

Não recomendado para menores de 16 anos



Comentário:

Após anos de espera, longa espera, tal qual a música é longa (mais de 9 minutos) a adaptação para as "telonas" da "mítica" música da Legião Urbana chegou. E assim como a "via crucis" de Cristo e de João, depois de brigas judiciais e tudo mais, HABEMUS FILME!

Eu criei uma expectativa grande sobre este filme e por isso já deixo claro que me desapontei.


A adaptação da história da música para um filme, deveria ser algo relativamente fácil, afinal uma música de 9 minutos convertida em um filme de 105 minutos, nada mais lógico?
Parece que não.


O filme conta com boa fotografia, algumas referências muito legais a lugares de Brasília, e a maneiras tipicamente brasilienses. Houve cuidado na seleção de alguns cenários (como o apartamento de Maria Lúcia) e a Rockonha, mas um filme que se passa em Brasília e tem em seu "local" um algo à mais, ficou devendo de ter mais identidade com a cidade.
Sim eu senti falta dessa identidade, outros podem achar que teve, mas creio que o "Somos Tão Jovens" tinha muito mais identidade com a cidade do que "Faroeste Cabloco".

A história de João é bem contada, a adaptação foi amarrada de maneira satisfatória, claro que por se tratar de uma música de 9 minutos a tarefa de adaptação é mais complexa especialmente com o ideário diverso criado nas cabeças dos fãs.

As cenas mais "calientes" do filme são bastante artísticas, se tornaram bonitas mesmo, quase poéticas (agora faço uma crítica para o excesso de take's do bumbum do João de Santo Cristo em uma das cenas.).


Vamos aos atores, dos mais secundários para os principais:
Marcos Paulo como Senador Ney, pai de Maria Lúcia teve participação "acessória", o ator que também dirigiu o filme fez um personagem sóbrio, digno de um Senador da República da década de 80, tradicionalista, e o cenário da sua casa deixava isso muito claro.

César Troncoso como Pablo foi em minha opinião a "grata surpresa" do filme, divertido e cruel, enfim, encarnou o Pablo com originalidade, bastante inesperado porém bastante feliz na originalidade.

Antônio Calloni como Policial Marco Aurélio, esse é um ator de maior peso, assim como Marcos Paulo, porém com maior participação na trama. Fez um bom trabalho interpretando um típico policial corrupto, coisa que não muda seja em qual lugar que for, boa atuação sem comprometer, mas sem nenhum ponto acima da média.

Felipe Abib como Jeremias, o vilão do filme, infelizmente foi fraco. Não me convenceu como vilão, não interpretou o bastante para demonstrar os aspectos mais "vis". Creio que a inexperiência do ator foi seu calcanhar de aquiles nesse personagem.

Ísis Valverde como Maria Lúcia, fez uma Maria Lúcia jovem, universitária (cursando arquitetura), de família rica (filha de Senador), perdida até encontrar João de Santo Cristo, mas também não me convenceu, por mais que atriz tenha experiência de TV, Teatro, enfim, foi uma personagem um tanto superficial.

Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo, um ilustre desconhecido, ator jovem de carreira relativamente recente, não comprometeu, mas creio que muito mais em razão da facilidade de interpretar um João de Santo Cristo mais bronco e abrutalhado, nos momentos mais "suaves" o ator não comprometeu e fez um bom trabalho, também não esteve acima da média porém não comprometeu e cumpriu a missão.




Conclusão:

Faroeste Cabloco é claramente um descente direto do estilo de "filmografia" brasileiro antigo por isso tem um ritmo um tanto lento, a conexão da história funciona mas é um pouco truncada.

Não creio que seja um filme digno da expectativa que foi gerada pelos muitos anos de "gestação", não se trata de um filme ruim mas infelizmente não é o filme muito bom que se esperava.

Enfim, a conclusão de anos de espera e de uma tão aguardada adaptação cinematográfica de uma música quase "mítica" no cenário nacional termina assim, de forma melancólica tal qual a música porém satisfazendo bem menos do que a música.


Ficamos então com a música para animar o dia!


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Hangover part III

ou "Se beber, não case - parte 3"

Sinpose (via Divirta-se):
Alan está deprimido devido à morte do pai. Preocupado com o cunhado, Doug sugere que ele vá até um lugar chamado New Horizons, que pode torná-lo um novo homem. É o início de uma nova viagem do trio, que acaba sendo interrompida bruscamente por capangas de um traficante.




Comentário:

Bem primeiro vou me meter no pouco da parte técnica que posso falar, e... Não há de especial, é o tipo do filme que se faz pelas piadas, pelos diálogos e tiradas e não pela fotografia ou efeitos. Há uma cena bonita em um campo com geradores eólicos e uma locação muito interessante em uma casa que no filme se diz ser no México, fora isso não tive realmente nada de nota a fazer.


Agora vamos a história (ou à falta de...)

O trio Phil (Bradley Cooper) Stuart "Stu" (Ed Helms) e Alan (Zach Galifianakis) entra em uma fria novamente, porém dessa vez o motivo não é um casamento e sim os problemas de saúde psicológica de Alan.

Mais uma vez Doug (Justin Bartha) fica de fora de toda a ação pois é raptado por um gangster de nome Marshall (John Goodman) e só será libertado depois que o "wolfpack" recuperar o ouro dele que está em posse de um velho conhecido: Leslie Chow (Ken Jeong).

O filme passa pelo México brevemente e retorna "triunfante" (ou não...) à Las Vegas. Alguns personagens antigos reaparecem como a ex-prostituta Jade (Heather Graham) e o estilo não muda, mesmo tentando se tornar mais sério após um início bem mais sério que todos os demais.

Desta vez não houve aposta em "ctrl + C" e "ctrl + V" de piadas. Não houve cópia de piadas e poucas menções as piadas dos filmes anteriores, mas reforço que esta é a minha opnião. Porém a graça da trama em si se perdeu.

Não consegui dar tantas risadas assim, não sei se foi pela tentativa no início do filme de passar uma aura mais séria, ou se simplesmente pelo fato de realmente o grupo e o filme terem ficado "batidos".

ZONA DE SPOILERS:

A trama se desenrola com grupo reencontrando um fugitivo Leslie Chow e sendo enganado por ele para piorar a situação, roubando o restante do ouro do Gangster, e para completar Alan parece descobrir um amor para sua vida.

Após muitas intempéries o "Wolfpack" acaba capturando Chow e o entregando para Marshall, mas os eventos mudam drasticamente com a morte do Gangster permitindo que Chow escape e o Wolfpack finalmente recupere Doug, podendo partir, mas ao invés de deixar Alan na clínica para onde ele deveria ir, eles preferem deixar Alan em Las vegas com seu "novo amor", Cassie (Melissa McCarthy).

O filme se encerra com Alan se casando e após um trecho inicial de créditos temos uma cena extra onde mostra o pós-primeira noite do casamento de Alan, com Phil e chow acordando bebâdos e Stu aparecendo com seios de mulher e calcinha! (confesso que um dos poucos momentos do filme em que eu ri).

CONCLUSÃO GERAL:

O filme se esforçou para inovar, e infelizmente na minha humilde opnião não conseguiu.
Me lembro de ter reclamado da fórmula do "copiar e colar" piadas que foi aplicada no "Parte II", mas vejo que teria sido mais feliz se isso fosse mantido.

Zach Galifianakis é um ator engraçado mas já está ficando com a imagem batida, por mim muito graças ao "Um parto de viagem" em que basicamente é o mesmo personagem em outro filme, enquanto o Ken Jeong também se marca em ser "mais do mesmo" depois da aparição em "Transformers - O lado oculto da Lua" em que mesmo sendo curta e rápida demonstrou simplesmente ser o "Leslie Chow" no mundo dos Transformers.

Dessa maneira os grandes trunfos de atuação do filme falharam, a mudança de formato acabou com algumas possibilidades de piada e não contou com uma criatividade forte nas novas.

A tentativa de dar um ar mais sério e centrado ao filme também não funcionou muito bem, é um ponto que foi um dos responsáveis pela perda da graça do filme. Tanto na relação do Alan com família e amigos como na própria relação dele com Leslie Chow, enfim o filme é para ser comédia pastelão, não para ter profundidade nos personagens.




Em resumo é uma conclusão de fato para a série e por mim é só e somente só isso. Querer inventar em uma possível "parte 4" seria um erro ainda maior do que esse de agora. Talvez se a série tivesse parado na "parte 2" as coisas tivessem ficado melhores.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Somos os filhos da Revolução e "Somos Tão Jovens"


Contar parte da história de Renato Russo, da Legião Urbana, do rock brasiliense e porque não uma parte da história do rock nacional e do Brasil.

Proposta pretensiosa e muito, mas não é isso que o "Somos Tão Jovens" se dispõe a fazer no final, o filme tenta somente dar uma prova do que era a cabeça de Renato Russo e de quebra temos um pouco de história, e boa história.



Sinopse (via Correio Web):
Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda Aborto Elétrico e, logo depois, a Legião Urbana.

Filme:

Na realidade o que temos aqui é quase um musical, alguns pontos de "Brasília" no filme, mas não torna um filme que seja marcante pelo que se mostra de Brasília, creio que isso virá com o "Faroeste Cabloco".
Porém temos um musical de excelente nível, com músicas que embalaram a adolescência de muitos, tomadas de um toque, e porque não, de poesia moderna.

É interessante para quem não viveu sua adolescência ou início de idade adulta nos anos 80 ver o filme para tentar entender um pouco melhor o fenômeno que fervilhou na capital federal e explodiu como rock nacional nesta mesma década. Muito interessante poder ter uma prova de como era a cabeça de Renato Russo.

O filme é leve e toca em pontos que poderiam ser polêmicos, como a sexualidade de Renato, de forma muito suave sem gerar choques, as músicas são encaixadas ao longo da trama de forma interessante, buscando dar sentido à elas e englobá-las com a trama. Ponto forte do filme em minha opnião.


Outro aspecto interessante são as relações pessoais, muitos falam das rixas entre as bandas da cidade e pelo contrário o clima mostrado no filme é amigável na maioria absoluta do tempo.

A relação de Renato com sua grande amiga, Ana Cláudia, não sei até que ponto é verdade mas é muito bela e mudou o meu conceito sobre a música "Ainda é cedo".




Outro ponto que vale ser tocado é a fotografia do filme, como sempre digo disso... É simples porém funcional, algumas paisagens típicas de Brasília, como quadras e a Ermida Dom Bosco, para quem é de Brasília e apaixonado pela cidade é um ponto extra e forte!

A caracterização dos personagens também ficou muito interessante, o ator Thiago Mendonça encarnou bem o Renato, ao menos aquela figura mais conhecida do Renato. Ponto forte para o ator, ganhou meu respeito.




No geral o filme é bom, muito bom, para quem é fã esclarece algumas coisas e até muda o sentido de outras, vale a pena ser visto, mas é muito bom deixar claro que não é nenhuma obra de arte ou filme para prêmios, enfim, é um filme até bem "sessão da tarde", mas é bom afinal para ser bom não precisa ser extraordinário.

Merece e muito ser visto!


domingo, 12 de maio de 2013

HOMEM DE FERRO 3


Já tem pouco mais de uma semana que assisti o filme mas enfim vou manter minha tradição de fazer o review.

Homem de Ferro 3 prometeu muito, o filme foi bem aguardado desde o ano passado e a verdade é, creio eu, que depois dos "Os Vingadores" os fãs entraram quase que automaticamente em contagem regressiva para este filme.


Bem, pelos trailers, como o exemplo abaixo, era possível esperar um filme um tanto mais sério e até mais sombrio (e lá vamos nós com a onda toda da "Dark Knightização" dos heróis, fórmula de sucesso lançada pelo Nolan e devidamente aplicada agora até na Marvel).
Trazer um vilão tradicional do Homem de Ferro, provavelmente o mais marcante foi um golpe muito bem dado para gerar mais expectativas ainda. Particularmente eu acho o Mandarim um dos melhores vilões da Marvel e a adaptação dele ao filme para tornar o mais "realista possível" foi bastante interessante.



ZONA DE SPOILERS! (não continue se não quiser saber!)

O filme se inicia com Tony Stark (Robert Downey, Jr.) relatando sua história, remontando uma virada de ano em 1999, de maneira bastante interessante e deixando claro que os fatos daquele Reveillon iriam "procurar" por Tony no futuro. Neste relato Tony tem contato com uma bela bióloga, Dr. Maya Hansen (Rebecca Hall) com uma pesquisa interessante sobre regeneração celular porém ao final, mesmo com  esse intelecto não passa de "mais uma na conta do Tony" e temos um outro cientista peculiar, Aldrich Killian (Guy Pearce), feio e desajeitado  que é enxotado pelo bom e velho Tony em sua boa forma arrogante.

Passamos aos tempos atuais, onde vemos um Tony Stark claramente abalado pelos eventos de Nova Iorque (os eventos de "Os Vinagdores"), desenvolvendo também crises de ansiedade, algo que não combina nem um pouco com a personalidade forte e auto-confiante de Tony. Juntamente à isto temos um Tony Stark muito mais preocupado com "Pepper" Potts (Gwyneth Paltrow) e na intenção de protegê-la.

Passamos então a contar com um terrorista internacional que é chamado de Mandarin (Ben Kingsley), cujo os atos terroristas ameaçam cada vez mais os Estados Unidos e o mundo, chegando ao ponto de a "Máquina de Combate" (eu preferia que tivessem mantido como Máquina de Guerra) recebe uma nova pintura e novas tarefas como o "Patriota de Ferro" na caça do Mandarin, o Col. James "Rhodey" Rhodes (Don Cheadle) mais uma vez está no comando do Patriota.

Após um atentado do Mandarin, utilizando uma pessoa como bomba (sim a pessoa explode sozinha) e ferindo gravemente o antigo segurança de Tony, Happy Hogan (Jon Favreau), o assunto se torna pessoal e Tony desafia Mandarin publicamente e como resposta o terrorista ataca e destroi a casa de Stark não antes de que a Dr. Maya Hansen reapareça para tentar avisar Tony de que o Mandarin se utilizou de sua pesquisa. A sequência é muito legal e ressalto o esforço de Tony em proteger Pepper com ela chegando a utilizar um traje de "Homem de Ferro".

Tony Stark acaba sendo dado como morto. Pepper inconsolada segue com a Dr. Maya Hansen só para acabar nas mãos de um velho conhecido seu Aldrich Killian, que depois de rejeitado por Tony em sua pesquisa fora recentemente rejeitado por Pepper também.

Tony acaba parando no Tenesse onde investiga outro atentado com caraterísticas semelhantes as do que feriu seu amigo e acaba desenvolvendo uma amizade com o jovem garoto Harley (Ty Simpkins) que o ajuda a reparar em parte seu traje de descobrir parte do enredo. O relacionamento que Tony desenvolve com o garoto é interessante uma parte mais leve do filme e mais uma vez vemos um Tony mais humano, mesmo que ainda com arrogância de sobra para não esquecermos de quem ele realmente é.

Tony acaba descobrindo que o Mandarin é somente um personagem interpretado pelo ator Trevor Slattery (Ben Kingsley) e que na realidade a mente por trás de tudo é Aldrich Killian juntamente com pessoas que estão modificadas com o "EXTREMIS", a pesquisa da dr. Maya. O Patriota de Ferro acaba capturado assim como Pepper e o próprio Tony.

Após a revelação de toda a trama, a dr. Maya acaba sendo executada por hesitar em suas "convicções terroristas" diante do lado mais humano de Tony e as intenções de proteger Pepper. Tony e o Col. Rhodes escapam para tentar salvar o Presidente de um atentado e nisso descobrimos que o vice-presidente foi corrompido por Killian. Tony e Rhodes não evitam porém que o presidente seja capturado.

O filme se encerra com uma fantástica sequência de combate em um navio onde após muita ação e intensidade com direito a um sei lá qual número de trajes "Homem de Ferro" remotamente controlados por JARVIS lutando contra os soldados contaminados com EXTREMIS de Killian, e o próprio Killian, Pepper Pots quase é morta, mas somente o bastante para mostrar que ela foi contaminada pela EXTREMIS e no final ela acaba salvando a vida de Tony, e em meio a tudo isso o Col. Rhodes retoma seu traje de Patriota de Ferro e salva o presidente.

Após a morte de Killian, o vice-presidente é preso, assim com o ator Trevor Slattery.
Tony trabalha para ""consertar" Pepper, retirando o EXTREMIS dela, e decide "se consertar" também, retirando os estilhaços que o fazem utilizar o "coração de homem de ferro". Tony dá de presente para o garoto Harley uma oficina toda equipada como gratidão e o filme se encerra com Tony jogando seu "coração de lata" fora.

Temos uma rápida cena pós-créditos onde vemos que a narração de Tony Stark é ele contando sua história para ninguém menos do que o Dr. Bruce Banner (Mark Ruffalo) onde o Dr. Banner dorme no meio dessa narração gerando um descontentamento em Tony e mesmo após explicar que esta não é a especialidade dele Tony segue a tentar contar mais ainda de sua história.



COMENTÁRIOS GERAIS:

A fotografia do filme é legal, apesar de não ser "o ponto alto" e nem precisa ser, mas foi bem retrata e cuidada. Os efeitos ficaram muito bons especialmente com um final contendo tantas armaduras combatendo super-humanos geneticamente modificados e isso sim é o ponto alto e de fato cumpre as expectativas.

Porém o ouro do filme está na trama e nas interpretações dos atores em si e nesse aspecto eu considero que o de todos os filmes de heróis da Marvel este foi o que se superou, o melhor roteiro em minha humilde opnião e sem dúvida a melhor execução dado o elenco selecionado não podia se esperar menos do que isso.

Robert Downey, Jr. faz seu bom trabalho de sempre assim como a Gwyneth Paltrow em mais uma boa atuação e sem comprometer, aliás a atriz que já venceu Oscar também não foi tão exigida mesmo com o "aumento de responsabilidade" de Pepper.
Faço um adendo as excelentes participações de Ben Kingsley e Guy Pearce, não dava para esperar pouco desses caras e eles não decepcionam, Ben Kingsley já tinha meu respeito a algum tempo e só me deixou ainda mais na expectativa de ver o "Ender's Game". Guy Pearce já confirmou a suspeita que eu tinha de que ele manda bem e bastante bem e ressalto que ele como a mente maligna do filme foi uma grata surpresa e uma boa execução.


Bem, como falei do Ender's Game, acho que de ficção com herói esse ano a próxima pedida é ele e vou deixar o trailer aqui para apreciação. Ben Kingsley e Harrison Ford, acho que promete não?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cloud Atlas




Cloud Atlas

Duas meras palavras em inglês, onde uma é Nuvem e a outra é Atlas, um cognato com vários significados:
1. um dos titãs gregos
2. uma das luas de Saturno
3. publicação constituída por uma coleção de mapas ou de cartas geográficas.
4. (Por extensão de sentido) livro constituído por uma coleção de gravuras, gráficos etc., relativos a uma dada ciência.
Exemplo: Atlas de anatomia
5. (Anatomia geral) a primeira vértebra cervical, que se articula com a região occipital do crânio e o sustenta.

Nuvem e outras tantas possibilidades, de fato o nome da obra foi dado de maneira feliz por David Mitchell ao seu livro "Cloud Atlas" de 2004 que serviu de base e inspiração para que os irmãos Wachowski fizessem o filme.

Já pude após alguma busca em nossa grande internet perceber que a adaptação do filme não é exatamente fiel, algo comum as obras cinematográficas saídas de livros e até por isso chamamos de adaptação, mas de fato a adaptação em questão é pertinente.

6 histórias em tempos distintos e entrelaças para demonstrar como que as histórias por menores que sejam se perpetuam de uma passado longínquo até um futuro muito distante, confesso que simplesmente ao assistir o trailer eu já tive certeza de que ia querer assistir o filme e tive quase certeza de que seria uma boa obra.





Os irmãos Wachowski podem ter ficado "marcados" pelo "jeito Matrix" de ser para muitos, mas esse filme é bastante diferente e apesar de sua presença em outros filmes após Matrix eu acho que esse foi o que mais levou a marca embora.
Uma bela adaptação de roteiro e boa participação na direção em conjunto com o alemão Tom Tykwer que também ajudou na adaptação do roteiro.

O elenco também foi muito bem selecionado com os medalhões Tom Hanks, Halle Berry e Susan Sarandon, porém com um simpático Jim Broadbent, ator britânico talvez menos conhecido, mas com participações em Superman IV, Doctor Who, Diário de Bridget Jones, Gangues de Nova Iorque, Crônicas de Nárnia e Dama de Ferro. Temos ainda o inconfundível Hugo Weaving que dispensa apresentações como Hanks, Berry e Sarandon, uma grata surpresa, ao menos para mim, foi a presença de Hugh Grant e completando o time dos mais velhos Keith David, mais ligado a temas de ação.
Os demais atores de maior relevância são mais jovens e destaco aqui:
Jim Sturgess, boa surpresa, boa interpretação com papel protagonista em boa parte da história, e foi a voz de Soren, um dos antagonistas na animação "A Lenda dos Guardiões: As corujas de Ga'Hoole".
Ben Whishaw, que atuou como o Q, no 007 - Skyfall e também tem uma participação importante, outro ator que me surpreendeu.
Doona Bae, atriz coreana sem grande expressão no cenário ocidental, teve sua parte feita com muita "felicidade" no filme.
Para completar o time temos ainda James D'Arcy, Zhou Xun e David Gyasi.

O meu receio por serem 6 histórias entrelaçadas no tempo era de que se perdesse o rumo da narrativa ou as idas e vindas se tornassem confusas, mas isso não ocorre em Cloud Atlas.
As histórias correm quase que simultaneamente e fica possível de ver relações e ligações, a trama corre de maneira linear e o desfecho igualmente quase simultâneo de todas é um grande mesclado de finais.
Dentro da trama ficam marcados temas ainda espinhentos que vou separar pelas histórias (como elas estão entituladas no livro e não é precisamente assim no filme):
"The Pacific Journal of Adam Ewing": trata de preconceito juntamente de uma mensagem de amizade e companherismo muito suave e bastante efetiva.
"Letters from Zedelghem": aqui temos espaço para outro campo em se tratando de preconceito, chegando a sexualidade e outras convenções sociais até mesmo a religião. Essa é a história mais poética do filme.
"Half-Lives: The First Luisa Rey Mystery": a parte de "thriller policial" mostrando tramas de poder e uma passada rápida em história jornalística investigativa, mantendo alguns dos dilemas abordados nas histórias anteriores.
"The Ghastly Ordeal of Timothy Cavendish": o momento de comédia da história sem dúvida fica com o "Tim-ooo-Tee" Cavendish, um conto que trata também de liberdade e opressão de uma forma suave, mas também de segunda chance e recomeço, as risadas são garantidas.
"An Orison of Sonmi~451": aqui como a vida e o mundo são cíclicos voltando a falar de segmentação, preconceito, de uma outra forma, com outra roupagem, aqui o aspecto fica mais filosófico, a história é futurista e a abordagem de poder e sociedade mudam muito.
"Sloosha's Crossin' an' Ev'rythin' After": um futuro distante, pós-apocalíptico com elementos não tão criativos, mas ainda sim bastante singulares, aqui percebi que vencer os medos e misturar tradições antigas e novas de fato se tornam o caminho para tudo.'

A fotografia do filme é feita com cuidado, e dado os lapsos de tempo e os diferentes lugares tudo foi feito de maneira bem apropriada, não há nenhum primor de fotografia por mais que em algumas histórias o cenário seja realmente muito belo com tomadas panorâmicas interessantes.
Na trilha sonora o filme tem um bom ponto, a trilha segue muito bem o ritmo dos fatos e parte da história gira em torno da música, ponto que reforça o trecho mais poético da obra.
Mas se dúvida o ponto técnico alto do filme está na maquiagem, não sei se é possível acreditar que Cloud Atlas seja um concorrente forte ao Oscar nessa categoria (não sei dos demais concorrentes) e nem sei se o estilo "Blockbuster" de ser não pode prejudicá-lo, mas de fato a maquiagem é ponto forte, muito bem feita e fazendo com que o espectador tenha uma diversão extra tentando identificar os atores nos diversos personagens.



Em suma a história desse filme me cativou de uma maneira que a muito não acontecia. Considerando como uma história original (que não teve outras representações no cinema antes) eu acho que último a me causar essa sensação foi o "A Origem" (Inception) e mesmo assim de uma forma bastante diferente.
Cloud Atlas ou "A viagem" como ficou o título em português é um baita filme, fez meu ano cinematográfico começar muito bem e recomendo a todos assistir, isso é muito melhor do que dizer detalhes ou contar a história!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Lágrimas

Fluído lacrimal, líquido composto por água, sais minerais, proteínas e gordura (pasmem, até aqui a gordura nos persegue).

A muito tempo eu perdi boa parte da vergonha das minha lágrimas, já chorei em frente a muita gente que eu não gostaria ou em condições de maior força eu não faria...

Os casos do tempo, do destino, infelicidades ou felicidades em geral me ajudaram (se é que esse é o termo mais feliz) a perder parte de meus pudores quanto a lágrimas, mas foi somente parte do pudor. Possuo ainda receio e uma certa timidez para mostrar minhas lágrimas, por vezes ainda tento escondê-las, não sou ainda aquilo que podemos chamar de um completo "chorão".

Porém já entendendo e bem o significado e sentido de que por vezes o choro lava a alma, triste é pensar que conheço o gosto salgado de minhas lágrimas em momentos de dor, mas não me recordo do sabor delas em momentos de alegria. Tenho ao menos a lembrança do sabor salgado que acaba por coroar em minhas memórias os momentos de dor e aperto e ser um "divisor de águas" dessas circunstâncias.

Esse mês de Agosto de 2012 me fez lembrar desse sabor, deste sal que preferia manter guardado na despensa, do sal que não tempera a vida e sim traz um amargo muito forte.

Esse agosto me fez sentir o sabor salgado em razão daquilo que não posso por minhas forças resolver, daquilo que foge de minha alçada, é como um sal de mares distantes que posso somente observar mas não me é permitida a aventura de navegar. E agora é o salgado da incapacidade e impotência de realizar algo sobre o que acontece.

Por tantas vezes vi os fatos ocorrerem e assisti passivo por querer, ou por falta de querer, mas a opção e possibilidade de agir e demonstrar todo o resplendor possível estava aqui, diante de mim, por vezes até em minhas mãos. Mas preferi a falta de ação e a omissão e muito provavelmente em razão disso hoje vejo o mais claro caso de justiça divina retornando para mim ainda nesta vida o peso de minha passividade. A minha incapacidade gigantesca em perceber certo sinais, questões enfim...

Ao cair deste mês percebo que não só tive uma série de "retornos a estaca 0" como pude perceber que meu coração ainda pode ser ferido mesmo que por algo que fuja de meu controle, mesmo que seja por algo de um próximo, de um outrém.

As cenas desse filme e essa música vão bastar...

"Dry your tears... with love..."