sexta-feira, 11 de setembro de 2009

nine eleven...

Eis o nome que os próprios americanos deram os trágicos incidentes ocorridos em 11 de Setembro de 2001.

Enquanto pessoa e ser pensante que vive nesta época este somente foi mais um feito ou acontecimento marcante no decorrer de minha vida, mas sem dúvida aos olhos da história foi um marco gigantesco.

Costumam dizer na história que um século só começa depois de uma guerra (vícios do "jeito humano de ser"), para outros mais "suaves" um século só começa após um grande marco que possua "estatura" o bastante para ser lembrado, ou seja, alguma coisa que possa ser escrita em livros e ser objeto de estudo.

Sem desprezar os demais acontecimentos, mas isso é bem fato. No século 20 por exemplo, o século começou, ou melhor se tornou século 20, com a Primeira Guerra Mundial, e nos séculos anteriores a semelhança de pensamento é visível.

Fato é, para o bem ou para o mal, que os livros, ou melhor, a História, muito provavelmente olhará para o século 21 como o século que começou em uma tragédia...

Uma tragédia que nasceu dos problemas sérios que o século anterior causou... e para piorar a situação uma tragédia que utilizou como arma um dos maiores avanços da humanidade, a grande obra e legado de Santos Dumont, usaram como arma seu querido avião...

Eu que com muito carinho e estima considero que o século 20 se iniciou no momento em que Petit Santos vôou com o seu "mais pesado que o ar", tive de ver com desgosto o "meu século" começar com a brilhante idéia do gênio brasileiro sendo transformada em arma... Pude compartilhar minimamente do desgosto de Santos Dumont pela forma como utilizaram as aeronaves.

Não entendam errado, eu não quero e nem nunca quis me colocar contra à aviação militar, pelo contrário eu vejo na aviação militar o caminho para que os conflitos sejam menos dolorosos e as baixas sejam menores e tenha-se o mínimo de perdas civis. O fato é que transformar um avião em arma terrorista com o sacrifício de vários civis tanto à bordo dos aviões quanto dos que pereceram sob a queda das torres...

O inaceitável é isto, essa transformação em arma de algo que nasceu para fins esclusivamente civis, como os jatos usados nos atentados.

Aliás é controverso o "desgosto" que Santos Dumont apresentava sobre a aviação militar pois alguns de seus escritos (incluindo cartas ao então Presidente da República) solicitivam que o Brasil investisse em maior infraestrutura para a aviação como campos de pouso e até mesmo na indústria aeronáutica. Santos Dumont chegou até mesmo a demonstrar a preocupação com a ausência de investimentos nos setores de aviação do exército e marinha, dado que outros países no mundo já demonstravam atenção à estes setores.

Desta forma eu espero que a criação de um século, que marcou a abertura do seguinte consiga alcançar novos horizontes e se redimir, fazendo com que a vida das pessoas se torne melhor e que em quando necessário no combate o avião seja instrumento mais pacificador do que destruidor, que aumente a eficiência minimizando as baixas.

Saludos e até breve!

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