sábado, 10 de outubro de 2009

Novamente momento de comemorar


De acordo com matéria publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo" em 07/10/2009, o nosso Ministro da Defesa, Nelsom Jobim, anúnciou (não exatamente com estas palavras, mas resguardando este sentido):

"O Brasil não comprará mais material bélico usado"

Esta matéria é motivo de observação com muito carinho dado que o Senado estuda um projeto de
Lei que impossibilitaria cortes orçamentários à Defesa por 10 anos (partindo inicialmente de 2010).

Em um momento que se fala de modernização e troca de equipamentos da Marinha e da Força Aérea, e na surdina o Exército dá os passos para sua modernização, é essencial que não venhamos a sofrer com os tenebrosos cortes orçamentários que sepultaram todos os planejamentos de longo prazo possíveis para as forças nos últimos 20 ou 30 anos.

Cortes estes cujo resultado até hoje foi simples:

1 - Sucateamento inevitável das forças tanto em terra, quanto no mar e ar.

2 - O sucateamento foi ainda "catalisado" ou "acelerado" devido a política do comprar o "usadinho".

Como foi muito bem comentado no DEFESA BR as Forças Armadas Brasileiras nos últimos 20 ou 30 anos foram forçadas a procurar equipamento barato (e muito barato), e devido aos problemas para planejamentos de longo prazo (quanto à pagamentos) os resultados foram desastrosos.

Compramos tudo que já não apresentava valia ao antigo dono:
De navios, à tanques, passando por aviões e helicópteros.

Nossa força de submarinos e veículos blindados de transporte (Família URUTU e CASCAVEL), foram alguns dos poucos pontos que "sobreviveram" sem um drama tão grande e ainda assim pagaram o preço... De ficarem com atualizações lacradas e forçados em sua vida útil ao limite...

Até mesmo em termos de rifles e fuzis nós hoje apresentamos uma leve defasagem... Por sorte os caminhos já começaram à mudar neste assunto.

Mas se as palavras de Jobim forem verdadeiras, o futuro mostra esperança...

Comprar o barato usado hoje, significa comprar o já desatualizado hoje e custoso e inútil amanhã, isso é simples e claro de ser entendido. Chega de fazer mal negócio, precisamos mudar isso, investir hoje em defesa e na tecnologia agregada para termos independência no futuro, gerarmos emprego e desenvolvimento ao país.
A receita é simples e fácil de entender... Mas... em um país "pacífico" em meio a um continente que é um "Mar de Paz" e tendo uma mídia muito "pacifista", como se fala que investir em Defesa é um bom negócio?

Está entregue nas mãos de Deus, e que os recursos cheguem para que não somente possamos modernizar as forças como também possamos mantê-las e efetuando serviço em nível de excelência!

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