quarta-feira, 25 de novembro de 2009

(500) Days of Summer - 500 Dias com Ela


Ok... após ter críticado tanto o sexo feminino sobre suas ações para com os homens... Eis que me deparo com isto:

(500) Days of Summer - 500 Dias com Ela

Em primeiro lugar ressalto que a tradução do título não é boa pelo sentido literal, porém eu garanto que ficou perfeita pelo sentido filosófico do filme e a intenção que o título possuí para com quem assisti.

Bem, vamos lá... estou fazendo uma crítica cinematográfica em meu blog e começo por um filme de "comédia romântica"? O estilo que tenho ogeriza completa por achar que é filme de mulherzinha... Sempre preso aos mesmos clichês e as mesmas porcarias e tudo mais..

SIM!

Sou homem o bastante para assumir até mesmo os meus momentos mais "duvidáveis".

A frase inicial do filme (que eu perdi pois cheguei minutos atrasado...) escancara tudo:
"O filme a seguir é uma história de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Especialmente você Jenny Beckman. Vaca"

Enfim, o filme é colocado nas críticas como "comédia romântica", mas tanto eu, quanto um amigo que assistiu comigo categorizamos como: DRAMA!
Sim! Drama, por que a história é claramente uma passagem da vida de alguém, muito possívelmente é parte da biografia de um dos roteiristas ou talvez até dos dois.

Mesmo com as passagens engraçadas, com a forma levemente caricata de demonstrar a "fossa" do personagem principal o fato é que o filme levanta questões de forma leve e sútil...
Vi uma crítica agora que comparou o filme com "Alta Fidelidade", porém sendo mais acessível e também mais superficial do que o o "Alta Fidelidade"...
Bem... Eu não assisti o "Alta Fidelidade" (e sinceramente nem animo de assistir), mas vi a profundidade na medida certa para que o filme não se transformasse em uma drama total e completo.

Talvez o mais triste é que fui assistir esse filme com 3 amigos e no final, somente um deles estava "de boa" (por que ele tem namorada e vai bem com isso).
Os demais e eu tiveram um impacto diverso, um se empolgou e eu e o outro caimos no "down total", sinceramente uma "broxada moral" sem tamanho.

As atuações do filme são impecáveis, Zooey Deschanel faz uma apresentação... sim, posso dizer que brilhante, o papel não exige tanto dela, e sua beleza facilita (dado que ela tem que ser a mulher dos sonhos), simplesmente sustenta a visão de que ela é a sucessora natural da Jennifer Connelly (pena que é menos sexy que a Jennifer).

De outro lado o Joseph Gordon-Levitt vive o nosso herói... puft! Um protagonista total e completamente Looser! Mas ele faz o trabalho bem e muito bem, e a representação dos momentos mais duros após um "abandono"... bem... me senti muito bem representado...
Enfim... Neste último comentário eu acho que já fui capaz de deixar muitíssimo claro o motivo pelo qual estou escrevendo deste filme aqui.

São 3:03hr da madrugada e passei o início da madrugada pesquisando opniões e críticas e vendo as imagens e o trailer do filme.

Sabe o que é mais foda? Eu não queria ver o filme, fugi dele na sexta-feira passada, não vi sequer o trailer dessa porcaria e nem mesmo tinha escutado comentários sobre ele das pessoas que conheço...
Joguei na vala comum de filme de mulherzinha e tava meio puto de ter que ir assistir ele hoje e com mais três machos, pois a cena de 4 machos no cinema vendo filme mulherzinha é foda!

Mas... Eis que a história se voltou contra mim.
Vi, sobrevivi e estou aqui para contar... Vou tentar vê-lo novamente, pelos 3 minutos que perdi e para tentar pegar ainda mais dos diálogos do filme... É importante, me fez enxergar algumas coisas, não que já não tivesse pensado nestas coisas antes, mas o fato é que sempre é bom ter fatos no mundo batendo na sua cara e lembrando você...

A "comédia romântica" mais dramática que eu já assisti e a única que eu encho o peito para dizer: "Eu gostei e eu recomendo"...
Mesmo que considere que o filme devesse ter terminado 2 takes antes talvez, enfim...

Deixo minha "crítica", extremamente pessoal e com poucas referências ao roteiro e a história em si... As imagens que aqui deixo são mera enganação... é preciso ver o filme para entender mesmo...
Narração não linear de tempo (mas que não é confusa) uma excelente jogada de tela para mostrar o "dia" em que estamos, e uma sequência com divisão de tela entre "expectativas" e "realidade"... E principalmente... A inversão... O protagonista é um homem e não uma mulher (como mais usualmente ocorre) e o cara é um looser... mas muito looser mesmo e que mesmo depois de apanhar todas... Ainda vai acreditar no "amor", mesmo xingando e odiando ele por um tempo...
That's fuckin me... E o pior... Como disse um colega que viu o filme comigo... "O pior é que é muito difícil de esquecer a mulher que faz mal para gente..." E meu complemento é: "Mesmo que se ela tenha feito bem, depois se torna um mal incomensurável e ela não entende por que e ainda tenta ser... enfim!"

That is a FUCKIN BIG AND HUGE desabafo... mas eu aprendi com isso...
Vamos mais uma vez dormir... Acordar para um novo dia e tentar não idealizar a porra da mulher que encontramos...
Um personagem do filme comenta isso... Talvez uma das passagens mais sábias do filme e que pode passar desapercebida... A mulher dos sonhos é uma... Mas... a mulher que temos ao lado é outra... Que na verdade é bem melhor, porém é diferente, e não podemos enxergar a mulher dos sonhos nessa que temos ao lado, se não vai dar merda...

Fica o link do trailer "em português" (que não deu para incorporar):

E dois links de críticas:
e

That's all folks!

Nenhum comentário: