quarta-feira, 31 de julho de 2013

GUERRA MUNDIAL Z


Um dos cartazes de divulgação do filme, como esse e estou escrevendo atrasado não vai ter sinopse, até porque realmente acho que não merece.

O mercado aquecido (ou ao menos parece estar nesta categoria de filmes) embalado no sucesso do seriado "The Walking Dead" dá suas caras na telona com algo que parece ao menos mais interessante do que "Meu namorado é um zumbi".

Com o mundo dos games tratando do tema de forma recorrente (Resident Evil e fases de multi-player dos Call of Duty: Black Ops e Black Ops II) além do sucesso no mundo dos seriados e também com bom impacto no mercado de livros, vimos esse ramo de "Filmes de Zumbi" florescer nos últimos anos com a franquia de Resident Evil e outro um tanto mais sério com "Eu sou a Lenda" (que no livro não são zumbis e mais para vampiros, enfim), além de várias outras adaptações de menor importância, agora um novo thriller de peso se desenhava com Guerra Mundial Z, trazendo Brad Pitt para encarnar o herói e com isso muita expectativa em torno deste grande nome, e também por se tratar de uma adaptação de franquia de livros.

Vamos lá, ao trailer:


ATORES:


Gerry Lane (Brad Pitt) um ex-investigador da ONU sobre crimes em cenários de guerra e com nome que o precede.

Karin Lane (Mireille Enos), esposa de Gerry, de origem britânica e mãe de duas filhas com o ex-investigador da ONU.

"Segen" (Daniella Kertesz), a soldado israelense que se torna parceira de Gerry.

Thierry Umutoni (Fana Mokoena), Secretário da ONU e ex-chefe de Gerry. 

Rachel Lane (Abigail Hargrove), filha mais velha de Gerry e Karin.
Constance Lane (Sterling Jerins), filha mais nova de Gerry e Karin.

Ninguém teve atuação acima da média, todos foram muito regulares, o filme até podia ter exigido um pouco mais, mas isso não aconteceu. Ninguém fez trabalho ruim, mas podemos dizer que vários fizeram um trabalho fraco.
Tem alguns nomes famosos fazendo pontas no filme como Matthew Fox (o Jack de "Lost"), mas não passam de pontas portanto não citei.



FOTOGRAFIA e EFEITOS:


O filme não é nenhum primor de fotografia, mas conseguiu se virar bem com a limitação de cenários e a constante mudança de localidades. Não houve comprometimento nesta parte e assim como nos efeitos especiais e maquiagem o filme cumpriu bem com a sua função.

Novamente estamos diante de um caso em que o trabalho não é ruim porém é fraco, bem cuidado, houve um mínimo de carinho para os efeitos e detalhes, mas poderia ser bem melhor!

HISTÓRIA (Zona de Spoilers - NÃO ULTRAPASSE):


A abertura do filme é interessante mostrando uma diversidade de imagens e dando à entender que os zumbis são pessoas infectadas com que seria uma variação do vírus da raiva, a jogada é até bem inteligente.
Passamos então para a casa Gerry Lane, ex-investigador da ONU, que é pego em suas tarefas matutinas rotineiras fazendo o café da manhã.

Ao levar suas filhas junto o a esposa para a cidade, no caso Filadélfia, em meio a um engarrafamento eis que surge um surto de zumbis atacando a população e agora "a coisa ficou séria". Gerry e sua família são forçados à fugir para outra cidade: Newark.


Em sua fuga Gerry recebe o chamado de Thierry seu antigo chefe alegando que podem resgatá-lo, mas que precisava dele. Após uma noite atribulada em Newark, Gerry e sua família conseguem abrigo até o momento de serem resgatados, fazendo morada em um apartamento com uma família de imigrantes latinos. Detalhe para uma maré se zumbis na rua que passam por um morador de rua e ignoram sua existência. Na manhã do outro dia Gerry e sua família partem para serem resgatados, nisso os zumbis atacam o prédio e a família que os abrigou acaba morta com o filho deles sobrevivendo e partindo junto com Gerry e família. No processo de fuga Gerry chega a engolir sangue de um zumbi que "vomita nele" mas percebe ao contar o tempo que não se transformaria e a fuga é um sucesso.

Na Frota da ONU estacionada em alto mar (sim os zumbis parecem não saber nadar), Gerry é forçado à retornar ao trabalho de investigador para manter sua família no navio e à salvo. Ele vai para a Coréia do Sul junto com um pesquisador buscar a origem e investigar uma possível solução para o caso.

Na Coréia logo de saída o pesquisador brilhante da ONU morre de forma idiota, e Gerry junto com o pessoal de segurança sobrevivem graças ao resgate de tropas americanas atuando no local. Gerry descobre um agente traidor da CIA que negociava com a Coréia do Norte, ele comenta sobre Israel saber do caso dos zumbis de forma "privilegiada" e além disso Gerry tem contato com um soldado que esteve uma sala cercado de "zekes" (como os soldados tratam os zumbis) e não foi atacado. Gerry e a esposa mantém contato via rádio e Gerry reporta aos superiores à situação.
Aqui se sabe que tiros na cabeça são super-efetivos com os zumbis!

Gerry parte para Israel fazendo agora com que reste somente ele e o piloto do avião. Ao chegar em Israel um operativo do MOSSAD esclarece a Gerry que Israel soube da possibilidade de um surto de zumbis e construiu muros para proteger Jerusalém, o agente israelense diz que Índia seria o local, mas que tudo lá virou um "buraco negro", ao mostrar os muros para Gerry, um carro de som do lado de dentro da fortaleza gera som tão alto que os zumbis começam a fazer um verdadeiro empilhamento humano até conseguirem passar pelo muro.
Aqui se descobre que o som é o grande ativador dos Zumbis!

Jerusalém está condenada, a soldado israelense que acompanha Gerry em sua fuga acaba mordida na mão e Gerry a corta fora para evitar a "transformação" da soldado. No processo de fuga Gerry vê um garoto sendo ignorado pelo mar de zumbis e fica perplexo com a cena. O avião de Gerry parte sem ele, mas o herói consegue entrar em um avião comercial e faz contato com seus superiores pedindo a localização de um laboratório da OMS para testar uma teoria sua.

O avião em que Gerry está com a soldado Segen acaba tendo um zumbi abordo descoberto e a aeronave acaba caindo. Gerry e Segen sobrevivem e já estão próximos de Cardiff onde fica o laboratório que querem alcançar, mas Gerry está ferido e quase não consegue chegar, desmaiando assim que chega ao laboratório.

Após acordar e saber que sua esposa não está mais no navio e à salvo pois foi mandada para uma base em solo, Gerry fica desconcertado mas prossegue com sua intenção de provar sua tese, de que os zumbis ignoram pessoas doentes. Após cruzar uma parte do laboratório cheia de zumbis ele consegue se contaminar e comprava sua tese, passando desapercebido pelos zumbis.

O filme se encerra com Gerry voltando para sua família e com um jornal informando que uma vacina foi criada para camuflar a população humana não infectada dos infectados e com isso virar o jogo no combate aos zumbis.


CONCLUSÃO:


Apesar da "sacada" inteligente para "resolver" a história, o filme é predominantemente fraco, como falei sobre os atores e fotografia, os zumbis que no início do filme na Filadélfia e em Israel parecem ser "ultra-humanos" se tornam seres de capacidades humanas normais no final do filme e este é um ponto muito decepcionante.

Enfim, assisti a versão 3D e definitivamente posso dizer que não há problema algum em assistir esse filme em versão convencional.

Guerra Mundial Z é fraco, se propõe à ser um filme mais sério baseado em uma séries de livros mas não consegue cumprir com a missão, fica devendo e nem mesmo Brad Pitt foi capaz de salvar.

Por mim não foi nem sessão da tarde.

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