sábado, 27 de julho de 2013

Faroeste Caboclo


Sinopse (via Adoro Cinema):

João (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um emprego como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo se verá em meio a uma guerra com o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib), que coloca tudo a perder.

Não recomendado para menores de 16 anos



Comentário:

Após anos de espera, longa espera, tal qual a música é longa (mais de 9 minutos) a adaptação para as "telonas" da "mítica" música da Legião Urbana chegou. E assim como a "via crucis" de Cristo e de João, depois de brigas judiciais e tudo mais, HABEMUS FILME!

Eu criei uma expectativa grande sobre este filme e por isso já deixo claro que me desapontei.


A adaptação da história da música para um filme, deveria ser algo relativamente fácil, afinal uma música de 9 minutos convertida em um filme de 105 minutos, nada mais lógico?
Parece que não.


O filme conta com boa fotografia, algumas referências muito legais a lugares de Brasília, e a maneiras tipicamente brasilienses. Houve cuidado na seleção de alguns cenários (como o apartamento de Maria Lúcia) e a Rockonha, mas um filme que se passa em Brasília e tem em seu "local" um algo à mais, ficou devendo de ter mais identidade com a cidade.
Sim eu senti falta dessa identidade, outros podem achar que teve, mas creio que o "Somos Tão Jovens" tinha muito mais identidade com a cidade do que "Faroeste Cabloco".

A história de João é bem contada, a adaptação foi amarrada de maneira satisfatória, claro que por se tratar de uma música de 9 minutos a tarefa de adaptação é mais complexa especialmente com o ideário diverso criado nas cabeças dos fãs.

As cenas mais "calientes" do filme são bastante artísticas, se tornaram bonitas mesmo, quase poéticas (agora faço uma crítica para o excesso de take's do bumbum do João de Santo Cristo em uma das cenas.).


Vamos aos atores, dos mais secundários para os principais:
Marcos Paulo como Senador Ney, pai de Maria Lúcia teve participação "acessória", o ator que também dirigiu o filme fez um personagem sóbrio, digno de um Senador da República da década de 80, tradicionalista, e o cenário da sua casa deixava isso muito claro.

César Troncoso como Pablo foi em minha opinião a "grata surpresa" do filme, divertido e cruel, enfim, encarnou o Pablo com originalidade, bastante inesperado porém bastante feliz na originalidade.

Antônio Calloni como Policial Marco Aurélio, esse é um ator de maior peso, assim como Marcos Paulo, porém com maior participação na trama. Fez um bom trabalho interpretando um típico policial corrupto, coisa que não muda seja em qual lugar que for, boa atuação sem comprometer, mas sem nenhum ponto acima da média.

Felipe Abib como Jeremias, o vilão do filme, infelizmente foi fraco. Não me convenceu como vilão, não interpretou o bastante para demonstrar os aspectos mais "vis". Creio que a inexperiência do ator foi seu calcanhar de aquiles nesse personagem.

Ísis Valverde como Maria Lúcia, fez uma Maria Lúcia jovem, universitária (cursando arquitetura), de família rica (filha de Senador), perdida até encontrar João de Santo Cristo, mas também não me convenceu, por mais que atriz tenha experiência de TV, Teatro, enfim, foi uma personagem um tanto superficial.

Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo, um ilustre desconhecido, ator jovem de carreira relativamente recente, não comprometeu, mas creio que muito mais em razão da facilidade de interpretar um João de Santo Cristo mais bronco e abrutalhado, nos momentos mais "suaves" o ator não comprometeu e fez um bom trabalho, também não esteve acima da média porém não comprometeu e cumpriu a missão.




Conclusão:

Faroeste Cabloco é claramente um descente direto do estilo de "filmografia" brasileiro antigo por isso tem um ritmo um tanto lento, a conexão da história funciona mas é um pouco truncada.

Não creio que seja um filme digno da expectativa que foi gerada pelos muitos anos de "gestação", não se trata de um filme ruim mas infelizmente não é o filme muito bom que se esperava.

Enfim, a conclusão de anos de espera e de uma tão aguardada adaptação cinematográfica de uma música quase "mítica" no cenário nacional termina assim, de forma melancólica tal qual a música porém satisfazendo bem menos do que a música.


Ficamos então com a música para animar o dia!


Um comentário:

Lília Viana disse...

ah, eu gostei do filme. Mas já tem um tempinho que assisti, nem lembro mais dos detalhes, huaehuahe. Tenso isso. Assisto um filme hoje, semana que vem já nem lembro mais, aehuaheuh.