segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Viva a Pátria!


7 de Setembro de 2009!

Fazendo jus ao meu grande apreço por essa data e marcada em meu calendário como o quarto melhor dia do ano não possuía nenhuma outra opção senão ser um momento único no ano.
A apresentação sempre belíssima, precisa, cronometrada pouco se assemelha as características básicas associadas ao Brasil e ao
Brasileiro, porém muito demonstram nosso poten
cial e capacidade latente de ser algo melhor, de superar limites, expectativas e capacidade.

Certamente que a festa esse ano teve um que especial com a presença do presidente francês Nicolas Sarkozy, com sua figura ora tão simpática e ora não tanto, mas sem dúvida carismático e um exemplo de um líder internacional proeminente, que não simplesmente aparece como acontece no cenário político mundial. Um modelo de força talvez, mas afinal mesmo com todas as minhas resistências à França, de lá sem dúvida temos muito a colher, tirar, aproveitar, aprender.

A festa também está embutida em uma esfera criada pelo governo para uma "recriação" do país, um marco zero.

Extremamente animados com os fatos e possíveis feitos com as reservas do pré-sal os governantes do país iniciam hoje grandes projetos de médio e longo prazo, principalmente em área estratégicas do país, como a educação e principalmente a Defesa.

É raro, absolutamente raro se encontrar na história do Brasil exemplos de governos que
planejaram à médio e curto prazo e portanto deveria ser motivo de muita alegria estarmos hoje com um pensamento diferente, porém não vejo desta forma. O momento é muito mais de cautela, pois estamos descambando para novos horizontes de pensar e agir como um país grande e teoricamente ciente de seu lugar no mundo.

Temos de pensar que estamos atuando como nunca agimos antes e por tudo ser novidade, e
talvez até no extremo, nós precisamos pensar com muita calma e tranquilidade sobre como serão os próximos anos e como os próximos governos deverão proceder.

Independentemente de visão partidária o fato é um só, precisa-se pensar no Brasil. Nossa política e poder públicos ainda estão muito aquém daquilo que deveriam e poderiam ser, e nossas instituições ainda estão impregnadas de atraso
e corrupção, mas a fotografia de hoje mostra um quadro de certa melhora em relação à 20 anos atrás e na bem da verdade é que desde nossa redemocratização a máquina está girando e cada vez mais e cada vez melhor.

Estamos diante diante de novos tempos, e o futuro realmente é algo que não pode ser previsto, porém pode ser minimamente esperado e podemos nos preparar. É para isso que os novos horizontes devem pensar muito em educação, muito em saúde, muito em economia, mas um foco enorme deve ser dado, mantido e até mesmo propagandeado em defesa.

O Brasil não é mais um coadjuvante no mundo, aliás nunca foi, somente tomamos este título e acento por comodismo e incompetências anteriores que enterraram nossas aspirações e nos mantiveram fora de nosso verdadeiro lugar. Podemos até não ser aqueles que realmente "dão as cartas", mas estamos do lado deles e temos força para nos impor.

Voltando ao dia da pátria após passar por todos estes pontos, nós sem dúvida vimos uma bonita e brilhante festa em Brasília, mesmo que com céu nublado, tivemos a esplanada dos ministérios com bom movimento e presença do público que ainda não deve comparecer a esta festa cívica por tanto "gosto" pelo cívico, mas é assim que se começa, a expectativa é de que possamos em um futuro vislumbrar um povo que valorize mais suas datas cívicas.

A manhã mesmo que nublada teve toda a pompa e circunstância dos desfiles tradicionais e com belíssimas apresentações tanto civis quanto militares.

E o momento mais esperado do dia sempre para mim foi a passagem das aeronaves da FAB pelos céus de Brasília. Quando comecei a apreciar o 7 de Setembro nossas forçar armadas mal saiam do chão, nossos aviões voavam muito menos do que hoje e a presença no 7 de Setembro não era somente mais tímida, porém também mais restrita.

Hoje não somente a FAB enche os céus de Brasília, como temos os helicópteros de polícias (civil, militar e rodoviária) e bombeiros, aviões e helicópteros da Marinha e Fuzileiros Navais e ainda temos os helicópteros do Exército.

A presença da aviação naval foi mais uma vez com os AF-1 Skyhawk que "habitam" nosso colosso de metal dos mares, o NAe São Paulo (A-12) e se sentimos falta de uma apresentação mais acalorada como a dos Fuzileiros de 2 anos atrás quando realizaram operações de descida de helicóptero, as compensações vieram com as passagens da aviação do Exército com novas pinturas em seus helicópteros.

A nova força de cargueiros da FAB através de seus CASA CN-295 ou melhor, o nosso C-105A Amazonas, foi uma brilhante visão nos céus da esplanada ao passarem mostrando toda a sua "força"!

Pela primeira vez em vários anos não tive pela manhã aquele rugido formidável dos deltas sobre minha cabeça, eles sequer me deram este privilégio, pareciam antever a notícia de que dentro em breve outro delta irá rugir sobre o planalto.

Não houve problema algum pois vi a força de nossos cargueiros demonstrando nossa ampla capacidade logística que pode e deve ser ampliada e refinada, mas que hoje já opera com maestria pelos ceús do país e transportando as necessidades das forças à qualquer ponto do país.

Se senti também pela ausência dos R-99 tanto A, quanto B, e pela ausência do EMB-190 ou até mesmo dos saudosos KC-137 (o conhecido sucatão), não tive tantos motivos, pois vi os frutos do trabalho da EMBRAER em modernizar e capacitar um avião já tão combalido pelo tempo e transformá-lo em ferramente fundamental e espinha dorsal de uma força ainda muito capaz, o F-5M.

Aos nossos aviadores é atribuída uma expressão de que os aviões da FAB são tratados à "cotonete", pois são muito bem mantidos. A verdade está longe de ser esta pois durante anos a falta de recursos forço a FAB à executar processos terríveis dentre os quais a canibalização de aeronaves.

Mas os tempos finalmente são outros e o que se viu hoje nos céus do planalto foram aeronaves vistosas e bem tratadas e o retrato de uma força que possuí um brilhante futuro pela frente. Uma força de tradição, honra e ideal e que mantém hoje e manterá amanhã seu nível efetivo em busca de estar cada vez mais capaz de proteger e defender o povo brasileiro, sua terra e seus interesses!

A apresentação contou ainda com o que temos de melhor em reconhecimento e ataque em nossos AMX ou o A-1 e mostrou uma boa preocupação com nossos cargueiros o elo logístico das forças com o vôo dos VU-9 Xingu, os VC-97 Brasília e até mesmo o já veterano C-95 Bandeirante, sendo todos estes aviões produzidos pela EMBRAER de desenho e projeto brasileiros e renomados no mundo por suas atuações eficientes e qualidades.

O dia ainda contou com uma empolgante passagem em posição de REVO (REabastecimento Em VÔo) com uma aeronave KC-130 e dois F-2000 voando próximos e acompanhados por mais quatro A-29 Super Tucano.

A passagem do REVO é sempre uma visão empolgante e demonstra a plena possibilidade operacional de nossa Força Aérea operando com eficiente e destreza até mesmo nas tarefas mais complicadas e valendo à pena ressaltar que não são todas as forças do mundo que operam possibilidades de REVO.

O dia chegou perto de seu final então com um dos "presentes" franceses do dia, além da Banda da "Marine Nationale" (a Marinha Francesa) e uma passagem de um grupo da La Légion Étrangère (A Legião Estrangeira).

A Patrouille de France (Patrulha da França), um dos mais antigos e tradicionais esquadrões de demonstração acrobática aérea do mundo, com suas atividades iniciadas em 1931... Sim... Eles vieram e pintaram de vermelho, branco e azul os céus de Brasília, tendo entre seus integrantes uma mulher, pela primeira vez na história da Patrouille Acrobatique de France, tendo uma mulher nos comandos de uma de suas aeronavas. Os franceses fizeram uma passada rápida e discreta sobre a Esplanada dos Ministérios, mas marcaram o público com seus Alphajets!

Mas o dia não seria completo se não deixassemos claro, que mesmo com convidados tão ilustres e a presença de um esquadrão tão marcante na história da aviação, nós temos os nossos "fumaceiros"!! E esses são fantásticos!!

O público vibrou com as manobras de nossa Esquadrilha da Fumaça que sem competição alguma mostrou que somos bons e muito bons no que fazemos e ao menos para mim o dia foi coroado com os fumaceiros mostrando por que tem manobras únicas e por que estão no Livro dos Recordes!


HINO DOS AVIADORES BRASILEIROS

Vamos filhos altivos dos ares
Nosso vôo ousado alçar
Sobre campos, cidades e mares
Vamos nuvens e céus enfrentar

D´astro rei desafiamos os cimos
Bandeirantes audazes do azul
Às estrelas de noite subimos
Para orar ao Cruzeiro do Sul


Contato, companheiros !
Ao vento sobranceiros
Lancemos o roncar
Da hélice a girar


Mas se explode o corisco no espaço
Ou a metralha na guerra rugir
Cavaleiros do século do aço
Não nos faz o perigo fugir

Não importa a tocaia da morte
Pois que a pátria dos céus o altar
Sempre erguemos de ânimo forte
O holocausto da vida a voar


Contato, companheiros !
Ao vento sobranceiros
Lancemos o roncar
Da hélice a girar

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